terça-feira, 28 de julho de 2015

A tal da galinhada

Bom, como a maioria sabe, domingo foi aniversário da minha ermã e, para comemorar, fiz um almocinho aqui em casa. Eu ia fazer charutos, mas as dores nas minhas mãos andam realmente atacadas com esses dias friozinhos resolvi poupá-las. Charuto não é difícil mas requer um certo trabalho manual ao enrolar a carne nas folhas que, quem tem dor nas mãos, é melhor evitar. Bom, a decisão recaiu então sobre a galinhada espanhola, uma receita que aprendi como minha mãe que aprendeu com uma tia e assim vai. Coisa de família.
A receita difere das outras galinhadas porque vai grão de bico. Ou garbanzo, como queira chamar. Meu pai só chamava de garbanzo. E adorava. Em casa, todo mundo gosta. O grão é versátil e vai muito bem em vários pratos - de saladas a sopas. Eu tenho sempre um pacote aqui, pra emergências. Não tem nada para fazer de almoço? Cozinhe o grão de bico, espere esfriar e tempere como salada, incluindo cebola e tomates picadinhos. Pronto, tem um prato completo. :D
Mas voltando à galinhada, grande parte dos meus amigos já provaram e, sinceramente, acho que aprovaram. HO! É uma das minhas especialidades. E nesse domingo, depois que publiquei essa foto (aqui em embaixo), muita gente veio in box me pedir a receita. Então decidi publicar aqui. Pode parecer que dá um trabalhão fazer mas não. É fácil e, o que é melhor, rápido. Mas aconselho a fazer com uma certa antecedência para deixar descansar por, no mínimo, meia hora antes de servir. É nesse "descanso" que o sabor se fixa.


Preparados? Então tó a receita.

Ingredientes (para até oito pessoas)
Um quilo de peito, coxas ou sobrecoxas de frango (sem pele) - à escolha - picados em pedaços
Oito xícaras (café) de arroz
Meio quilo de grão de bico
Folhas de louro
Tempero sírio
Azeite
Sal
Duas cebolas pequenas ou uma grande picadinha
Alho à vontade
Caldo de galinha (eu uso o caldo de galinha que é vendido em lojas de produtos naturais, tem menos sódio e nada de gordura)
Um pouco de shoyo.

Cozinhe o grão de bico até que esteja macio. Reserve com a água do cozimento. Refogue o frango com todos os temperos e do tempero sírio (no máximo, meia colher de chá) e deixe cozinhar. Quando estiver bem cozido, desmanchando, acrescente o arroz cru e o grão de bico, coloque a água do cozimento do grão do bico e, se necessário, mais um pouco de água fervida - só o suficiente para cobrir todo o arroz - e deixe cozinhar. Mexa de vez em quando para evitar que grude no fundo da panela. Quando o arroz estiver cozido, tampe e deixe descansar de meia hora a uma hora.

Selo NHAM de Qualidade!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Hoje é dia de gastronomia

Tem matéria minha na seção de gastronomia do JL. Sobre o Don Quijote, um dos meus bares preferidos em Londrina. Vale a pena ver aqui.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Uma receita-coringa

Eu tenho algumas receitas coringas guardadas na manga, para aqueles dias em que você é pega de surpresa por visitas inesperadas e não tem muito tempo para fazer uma refeição completa de última hora. É o caso da minha receita de carne com shoyo. Reservo essa para quando quero agradar sem fazer muito esforço. É fácil, rápida e não tem quem não goste (a não ser quem não come carne vermelha, mas aí é outra questã, HO!).

A história dessa carne começou lá pelo fim dos anos 1980, quando eu, casada e com um filho pequeno, fui uma vez no Baiano das Batidas, quando ainda era na Avenida Maringá, com amigos. Além das batidas e cervejas, o grupo em que eu estava pediu um aperitivo para petiscar. Veio umas tiras de carne, cozida, com fatias de cebola e tomates cozidos, além de salsinha e cebolinha. Acompanhava fatias de pão francês. O grupo gostou tanto que acabamos pedindo umas três ou quatro porções da mesma carne.

Bom, imagine um lapso de tempo e eu, um dia, com algumas belas fatias de coxão mole mas sem vontade fazer bife no almoço. Lembrei da carne do Baiano das Batidas e resolvi arriscar uma versão dela. E não é que deu certo? A receita não poderia ser mais simples: um quilo de carne - de sua preferência - em tiras, um pouco de óleo, shoyo a gosto, 2 cebolas médias e dois tomates médios cortados em gomos. Refogue a carne no óleo, jogue shoyo por cima numa quantidade que lhe agradar (mais caldo ou menos caldo) e deixe refogar. Quando a carne estiver macia, jogue as cebolas e os tomates, coloque um pouco mais de shoyo e deixe "murchar". Salpique salsinha e cebolinha por cima. Sirva com arroz branco. Ou, se preferir fazer de aperitivo, sirva com uma cumbuquinha de farinha de mandioca torrada e fatias de pão francês. Bom, heim?


Selo NHAM de Qualidade!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Canja para que te quero!

Não é novidade para (quase) ninguém que passei mal no último final de semana. Crise braba de sinusite. Bom, quem tem sinusite sabe que horror que é. O mal estar é generalizado, as dores na cara e na cabeça (inteira) são horríveis e a vontade é de ficar encolhido num canto - de preferência coberta dos pés à cabeça - e mandar todo mundo que não está se sentindo tão mal se ferrar. MAS até um sinuzento tem que comer, néam? Eu, que moro sozinha, tenho a desvantagem de que, estando doente ou não, sou eu mesmo quem tem que cozinhar. Aí pensei "fazer o quê"? Logo veio na cabeça canja. Canja é comida de doente. Eu estava doente. Logo, canja seria a comida ideal para mim.
Canja faz parte da chamada "confort food", a comida caseira que remete à infância e à épocas singelas - e mais simples - da vida. Quem nunca comeu canja quando ficou gripado ou teve crise hepática ou uma simples diarreia? Ou até voltando dos bailes/baladas da vida, um prato leve e restaurador antes de dormir?
Bom, eu gosto de canja até quando não estou doente. Principalmente a minha, que não é aquela coisa pálida e insonsa servida nos hospitais. Pra começar, eu refogo bem o frango com muito tempero (cebola, alho, óregano, salsinha, cebolinha e folhas de louro) no azeite, além de shoyo e páprica picante. Ou seja: nada muito light. Depois, com o frango já derretendo, coloco o arroz, cenoura (bem picadinha, pra quase sumir) e batata para cozinhar na pressão. Cerca de 20 minutos e pronto. É só salpicar um pouco mais de cheiro verde por cima e comer. Bom, heim?

Sim, eu exagerei um pouquinho no azeite. Mas ficou bom demais.

Selo NHAM de Qualidade!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Sabor caseiro fora de casa

Quando não tenho tempo para cozinhar - e isso está ficando cada vez mais comum, infelizmente - eu procuro lugares simples, que sirvam uma comida gostosa e barata. Hoje, com a economia do jeito que está, nada de ostentar, pessoas. Se é obrigado a comer fora de casa, o negócio é se alimentar bem, sem pagar muito.

Um dos meus locais preferidos é o Assada & Cia, no Mercado Municipal do Shangri-lá. O local é ótimo pelos pastéis e do bolinho de carne delícia que eles servem. Mas, de terça a sexta, na hora do almoço, o que vale mesmo é o Prato Feito (PF) do lugar. Gente, pensa numa comida caseira, com arroz e feijão bem feitinhos, um bife ou uma carne de panela, uma bisteca ou um estrogonofe, uma feijoada bem boas?

O menu varia de acordo com o dia mas o prato vem sempre bem servido - embora um amigo meu tenha dito esses dias que precisava de dois deles para se satisfazer (mas ele pesa 130 quilos e mede mais de 1,90 metro) - acompanhado por uma saladinha básica e um tipo de legume cozido. Hoje, almocei lá. Tinha arroz, feijão, bife acebolado, batata frita, abóbora cabotiá cozida e salada de alface com tomate. Tudo por R$11.

Aos sábados, o Assada tem um rango esperto também: geralmente uma paella ou yakisoba, ou algum prato assim. Mas esses, sinceramente, eu nunca provei. Mas, se a qualidade do PF for repetida, tá valendo. São um pouco mais caros, mas devem valer a pena porque está sempre cheio de gente.

O Assada & Cia é facinho de achar, ali no Mercadão, bem na esquina das cervejas gourmet.



Selo NHAM de Qualidade!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Rapidinho que vale por um bifinho

Tem dias que a gente se atrapalha. São tantas coisas para fazer - arrumar a casa, aproveitar o sol para lavar roupas, pagar contas, etc - que esquece algumas coisas básicas como "o quê fazer de almoço?". Bom, eu sempre tenho alguns ingredientes que não deixo faltar em casa: ovos, massa de pastel, shoyo, queijo e cebolas. O que? Tá estranhando? Nossa, dá para fazer altos rangos com essas coisas. Hoje, por exemplo, foram os ovos, o queijo e as cebolas que me salvaram. Fiz uma superomelete, que valeu por uma refeição completa.
Meu filho, há alguns anos, disse que eu poderia abrir uma "omeleteria" porque as minhas são bem criativas. Faço omelete de tudo, até de beringela ou abobrinha. Até com geleia de uva já fiz e, olha, ficou bem gostosa. Mas a de hoje foi bem basiquinha. Refoguei cebolas no azeite - até ficarem bem douradinhas - e, enquanto isso, numa vasilha, bati três ovos com um pouco de sal, orégano e pimenta do reino. Juntei dois tipos de queijo (prato e provolone) e um pouquinho de leite quente com uma colherinha de fermento em pó (o segredo de omeletes fofinhas, HO!) e despejei tudo sobre as cebolas. Ficou bom e dispensou o arroz e feijão.



Selo NHAM de qualidade!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

É nós na TV!

E a querida Helenida Tauil me convidou para cozinhar com ela na TV e falar desse humilde blog. Eu fui, néam? Controlei minha vergonha básica de aparecer na TV e fizemos meu arroz com abobrinha e carne moída, uma receita para lá de consagrada entre os amigos e familiares. Então, aproveite: veja a matéria (não estranhe, sou feia assim mesmo, HO!) e faça a receita em casa. Veja aqui!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Nhoque nhoc!

Daí você está atrasada e ainda tem que fazer o almoço antes de ir trabalhar. Você faz o quê? Eu abro um pacote de nhoque e faço essa maravilha aí da foto.
Adoro nhoque. Mas é uma massa trabalhosa. E a gente hoje, em dia, não tem muito tempo para fazer. Então o negócio é apelar pras massas prontas. E, se não pode ir numa casa de massas de sua preferência, escolha no supermercado uma legal. Essa da foto é a da Mezani, uma das poucas marcas de massa pronta que eu gosto, porque tem mesmo gosto de nhoque de batata.
Agora, o segredo é: cozinhe o nhoque, capelete ou ravioli - o que for de massa pronta da sua escolha - direto no molho. Sim, eu sei que mandam cozinhar na água e jogar molho depois. Mas fica muuuuuito mais gostoso. 
Faça o molho da sua preferência mais líquido - mas não muito também - e jogue o nhoque cru lá. Depois é só servir com uma generosa porção de queijo ralado. Huuuum. Delícia.


domingo, 5 de julho de 2015

Uma quirerinha para aquecer o coração

Eu e a ermã viemos de uma família de boas cozinheiras, com exemplos próximos com a mãe e avó. Então, não tínhamos como não aprender a cozinhar. Isso é quase genético, beibe. E tem algumas receitas que a ermã faz que eu me abstenho de fazer e vice-versa. Pra que, neám? Basta uma fazendo bem que tá de bom tamanho. Uma sempre sabe que a outra vai guardar pelo menos um pratinho para ela. Então, tá bom.
É o caso da quirerinha com costelinha defumada. A ermã é especialista. A quirerinha dela fica uma delícia mesmo. E atendendo a um pedido de uma amiga em comum, ela faz uma panelada no último sábado. Olha, 15 pessoas comeram de se lambuzar.

Esse foi só o primeiro prato! HO!

A quirerinha, para quem não sabe, é o milho quebradinho, na primeira triturada antes de virar fubá. Muito usada na alimentação de aves - no sítio da minha tia, por exemplo, era usado para alimentar as galinhas. Aliás, a quirera, que também é chamada de canjiquinha ou xerém, é comida de sítio, caipira, com sustância. A primeira vista, o urbanóide pode torcer o nariz. Mas basta experimentar que, olha, é conquistado. Para uma noite fria, não tem prato melhor.

Infelizmente a ermã - chata - não quis passar a receita dela. Massssssssssssss eu tenho uma receita de quirerinha na manga, kkkkk. E é muito boa também. Assim, anote:

2 xícaras bem cheias de quirera de milho
2 colheres de óleo
2 cebola médias picada
10 dentes de alho picados
1 tomate picado
1 xícara de salsa picada
1 xícara de cebolinha picada
Sal e pimenta a gosto
500 g de costela defumada
300 g de lingüiça tipo calabresa defumada

Deixe a quirera de molho em 4 xícaras de água e reserve. Dê uma ferventada na costelinha e jogue fora a água. Junte o óleo, cebola, alho, sal, pimenta e refogue. Junte o tomate, metade da salsa e da cebolinha.
Coloque 2 litros de água em uma panela de pressão, junte o refogado e ferva com a panela tampada por 15 minutos
Abra a panela e junte a quirera, cozinhe em fogo brando até a quirera ficar macia. Jogue por cima o restante da salsinha e cebolinha.
Sirva com salada de serralha ou, na falta, de almeirão cortado grosseiramente.

Selo NHAM de qualidade!


**** O amigo chamou a atenção para o tempo de cozimento das carnes. Realmente tava errado. 15 minutos na pressão são suficientes, porque depois ainda vai ser mais cozida em fogo brando.

Quente como um chocolate!

Gente, primeiro de tudo, quero pedir desculpas. A ideia do blog é postar pelo menos uma vez por dia. Mas, eu tenho artrose nas mãos e, nesse tempo de frio, elas doem para caramba. Assim, vou postando quando dá, ok? Bom, e já que estamos falando em frio e minha postagem mais recente era sobre brigadeiro, vou ensinar a fazer um chocolate quente para esse domingo gelado. Topas?
Então, vamos lá. Sabe a panela de brigadeiro? Aquela que ficou sujinha com o doce e a gente fica tentando raspar cada migalhinha com dó de perder na hora de lavar? O negócio é aproveitá-la para fazer chocolate quente.
Na panela, junte uma xícara de leite e - se ainda tiver - uma meia colher de brigadeiro. Leve ao fogo e, mexendo sempre, espere ferver. Pronto. Fica uma delícia.

Huuuuuummmmmmmm!

Ah, que pena, não sobrou brigadeiro para fazer chocolate quente? Não se preocupe, seus problemas acabaram! Vou passar uma receitinha bem fácil e que também fica uma delícia.
É assim: junte duas xícaras (chá) de leite, três colheres de chocolate em pó (se não tiver, use Toddy que é menos doce), duas colheres de açúcar, meia caixinha de creme de leite, um pau de canela. Misture tudo numa panela - menos o creme de leite - e leve ao fogo brando mexendo sempre até ferver. Desligue, retire a canela e acrescente o creme de leite. Misture bem. E divirta-se.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Morango e chocolate, huuuuuummmmm!

Estamos na época do morango. E os produtores de Londrina estão participando de uma feira muito legal, na Praça da Bandeira, no Calçadão. É venda direta, da fazenda para mesa. Ou seja: os preços estão ótimos. E, hoje, por coincidência, tive que fazer uma matéria no centro da cidade. Passei pela praça e salivei. Fiz o que tinha que fazer e, na volta, parei. Comprei uma caixa bem sortida, com uns morangos docinhos e grandões, por R$10. Comi vários puros, sem açúcar nem nada.
Mas sonhava com a hora que chegaria em casa para fazer um brigadeiro mole e jogar por cima. Povo, ficou uma maravilha. Brigadeiro acho que todo mundo sabe fazer, neám? Nem preciso passar a receita.
Se você ainda não foi lá comprar suas frutas, corra. Olhe as fotos e babe, beibe.

Se assim já é uma delícia.....



Imagine assim!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Para almoçar um clássico

Eu adoro carne assada e, por incrível que pareça, é um dos pratos mais fáceis de fazer. Por isso, volta e meia, quando estou muito ocupada e não posso passar horas cozinhando, apelo para ela. O segredo da boa carne assada é escolher, claro, uma boa carne. Pode ser picanha, fraldinha ou até coxão duro. O ideal é que tenha uma bela capa de gordura para derreter, escorrer e umedecer a carne, dando um sabor especial.
Hoje, fui no Atacadão e achei uma peça pequena de maminha. Não é minha preferida porque tem pouca gordura. Mas é difícil encontrar peças pequenas. Então, quem mora sozinha, tem mais é que aproveitar. Achei que a carne também ficou muito branca para meu gosto. Mas ficou gostosa do mesmo jeito.
Anote os ingredientes:
1 peça de carne inteira; sal; batatas (ou cebolas);papel alumínio
Em uma assadeira, arrume o papel alumínio de forma que ele possa envolver toda a carne e sobrar para bordas. Limpe o excesso de gordura da peça de carne e passe sal por fora de toda a carne - mas não muito. Embrulhe com a gordura por cima e coloque para assar por uma hora e meia em fogo baixo. Enquanto isso, corte as batatas em fatias grossas e cozinhe no microondas por uns cinco minutos. Passado a hora e meia, abra com cuidado o papel alumínio ajeitando de forma que continue cobrindo toda a assadeira, coloque as batatas e leve ao forno alto por mais uma hora. Vire na meia hora para dourar dos dois lados. Pronto.
Se for fazer com cebolas, há dois modos: ou coloca as cebolas inteiras (pequenas, claro) ou fatiadas, quando abrir o papel alumínio.
Uma arroz branco, uma salada verde e uma farofinha e você tem um banquete.


Selo NHAM de qualidade!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Muito antes da Nutella

Quando eu era criança, lá pelos anos de 1970, não existia Nutella nem Paçoquita. Pelo menos, não na minha pequena cidade natal. Tinha umas coisas meio similares, tipo Amendocrem e um outro creme de chocolate que eu não lembro o nome. Mas o que importa é: não era sempre que aparecia essas coisas na mesa lá em casa. Volta e meia, minha mãe comprava para nós mas era tão raro que acabava logo. Sim, éramos gulosos. HO!
Bom, a questão é: para fugir do pão com margarina - que era o que tinha no dia a dia -, eu me punha a inventar "recheios" para o pão. Essa experiência me foi muito útil quando meu filho começou a ir para a escola e tinha que levar lanche. Nunca fui de deixar se entupir de Cheetos ou salgados fritos no intervalo, isso raramente. Preferia eu mesmo fazer o lanche dele. Geralmente colocava uma fruta e um bolo, um sanduíche de presunto e queijo ou até mortadela, mais um suco. Mas tinha dias que era impossível ir ao mercado e tinha que me virar para fazer um lanche gostoso para ele.
Aí entrava a criatividade que tinha desenvolvido na infância. Quando tinha coco, fazia um lanche assim: abria o pão francês ao meio, batia um ovo com açúcar (ou leite condensado) e coco, colocava para assar até dourar. O Zé adorava essa torrada.
Mas, se nem coco tivesse em casa, apelava para o meu substituto de Nutella: o pão com margarina e Nescau (ou Toddy). Esse é um clássico em casa. Na infância (minha e do Zé), usava aqueles aparelhos Tostex (quem lembra?) para fazer o lanche. Colocava o pão com margarina no Tostex, levava ao fogo o suficiente para derreter a margarina, abria, colocava o Nescau, e levava de novo ao fogo. Hoje, faço isso com um grill.
E foi o que fiz, hoje, para meu café da manhã. Gordice pura. Desconsidere o desfocamento da foto. HO!

domingo, 28 de junho de 2015

Pra fazer farofa-fa

Eu estava com a maior preguiça de cozinhar hoje, dia de plantão. Queria dormir sem me preocupar em ter que acordar cedo e começar a mexer com panelas. Resolvi que iria pegar um marmitex num dos restaurantes próximos de casa e pronto. A decisão durou até eu sair de casa e ver que TODOS os restaurantes perto estavam fechados. A solução? Correr no Viscardi e comprar MEIO frango assado. Aliás, recomendo o frango assado do Viscardi, é muito bom. E um dos poucos que oferecem a opção de meio frango para os solteiros.
Aí voltei pra casa, fiz um arroz, uma salada e, lógico, uma farofa. Pode faltar tudo em casa, no fim do mês, mas não falta farinha para a farofa. HO! E fiz uma especial, com um restinho de farinha de milho, um restinho de farinha de mandioca e Neston. Sim, você leu direito. O Neston dá uma farofa ótima, crocante. Assim como o floco de milho (aquele, cereal matinal) sem açúcar.
Essa da foto foi feita com bacon bem fritinho, cebola, alho e ovo cozido, além de salsinha e cebolinha. Com o frango assado, o arroz branco e a salada de couve picadinha, foi um rango perfeito.



quinta-feira, 25 de junho de 2015

O tal do boi ralado

Confesso que sou meio enjoada para comer. E que tem coisas que só como em casa - entenda-se aí a minha e de amigos e parentes. E o tal do boi ralado é uma delas. Você nunca vai me ver escolhendo carne moída refogadinha ou até molho a bolonhesa em restaurantes. Porque? Simples: a carne moída tem que ser de qualidade, de preferência moída na hora de uma peça que você escolheu. Pode ser acém, músculo (muito saboroso, por sinal) ou patinho. Mas nada desas coisas que já estão na bandeja. E, lamento informar, nem todo restaurante tem esse cuidado. Enfim, mesmo que tenha, eu sou desconfiada.
O fato é: hoje eu acordei com vontade de carne moída refogada com milho. Huuuum. Fiquei pensando nisso a manhã toda. Passei no mercado, comprei um pedaço de acém bem bonito - não tinham músculo na hora - e mandei moer. Acho que todo mundo sabe uma receitinha de carne moída refogada, mas aqui vai a minha.

Uma cebola média picadinha
Uma cabeça de alho espremido
500 gramas de carne moída da sua preferência 
Um vidro ou sachê de milho (se tiver espigas de milho, melhor ainda, umas duas são suficientes). Eu evito o de lata porque não gosto do sabor que o metal deixa. 
Um tomate picadinho.
Tempeiros a gosto - uso shoyo, um Sazon para carnes (sim, eu sei, faz mal, etc, etc, etc. Mas adoro!), um pouco de orégano e muita salsinha e cebolinha. 
Refogo a cebola e alho, depois a carne com todos os tempeiros e, por último, coloco o milho. Se quiser, pode acrescentar também azeitonas e ovo cozido. Ou substituir o milho por batatinhas cozidas. Você também pode deixar a carne mais molhadinha ou sequinha, vai do seu gosto. 
Fica bom demais para comer com arroz e feijão. E se sobrar, é só congelar e guardar para reaproveitar num molho a bolonhesa, num recheio de pastel ou até com pão, no famoso sanduíche conhecido como Buraco Quente. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Eu virei fã de Karaage

Aí a amiga e colega de redacinha oferece um novo produto que ela e o noivo estão fazendo, o Karaage Frango Frito. O Karaage, para quem não conhece, é um frango empanado ao estilo japonês, com um sabor muito característico. A redação inteira comprou depois que Zilma Santos provou e aprovou. Eu mesmo comprei dois pacotes de 400 gramas, cada. Agora, na hora do almoço, resolvi assar um.
Olha, que delícia. O frango tem um toque delícioso de gengibre e ficou muito bem assado. Eu consegui deixá-lo crocante, mas a maioria não consegue e ele fica um pouco molinho. O indicado mesmo é que ele seja frito em pouca gordura e até dourar apenas, porque já vem pré-cozido. Com um suco de abacaxi, comi sozinha quase que o pacote inteiro. Sobraram uns quatro pedaços (kkkkk). Pra realçar ainda mais o sabor fiz um molhinho rose para acompanhar, com uma colher de maionese, uma de catchup e algumas gotas de pimenta bem ardida. Huuuuuum. Ficou bom, heim?





Por enquanto, o Karaage Frango Frito está sendo vendido só no supermercado Golfinho, da Avenida São João. O preço, gente, é super em conta: R$8,99 por 400 gramas. Vale a pena ir até lá buscar uns quatro ou cinco pacotes e deixar congelado para a hora do aperto ou a vontade de aperitivar.

Selo NHAM de qualidade.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Creme de cabotiá dos deuses

A ermã gostou de ter sua receita de Yakisoba postada aqui. Tanto que quando falei que o filho e a nora viriam em casa hoje, ela mais que depressa falou que faria um creme de cabotiá para o jantar. E eu, mais que depressa, topei. HO! Então nós fomos lá no ape dela e me deparei com essa belezura aqui!

Bom, não preciso dizer que nos matamos de comer. Sabe aquela sopinha deliciosa que você tem vontade de lamber o prato? Então.
E, lógico, peguei a receita para vocês, meus lindos. É superfácil de fazer.

Veja:
Mais ou menos 1 kg de cabotiá descascada, uns quatro gomos de linguiça toscana, temperos a gosto, um vidrinho de leite de coco. Frite a linguiça, com cebola e alho. Quando estiver pronto, retire e reserve. Na panela "suja" da fritura, coloque a cabotiá picada, com mais ou menos um litro de água e temperos a gosto, até ficar bem macia. Bata no liquidificador, volte para a panela, junte as linguiças fritas e o leite de coco. Veja se precisa de mais água, deixe ferver por uns 10 minutos. Sirva com torradinhas.


Selo NHAM de qualidade.

domingo, 21 de junho de 2015

O prazer da carne

Eu ainda sou carnívora. Estou tentando reduzir o consumo de carne mas não resisto a algumas vontades que aparecem.
E eu estava com vontade de uma bisteca há tempos. Aí, como ia almoçar sozinha hoje, resolvi fritar duas. Com cebola, claro. E um arrozinho branco, pra acompanhar.
Preparar uma bisteca suculenta não tem segredos. Basicamente você precisa de uma boa carne. Escolha as melhores bistecas que puder, aquela que a gordura fica nas bordas. Se quiser, é só tirá-la antes ou depois de fritar.
Para temperar, você só precisa de shoyo. E mais nada. Deixe de molho no shoyo por uma meia hora, pra pegar bem o gosto.
Numa panela com bordas altas, coloque um fio de óleo, deixe esquentar e coloque as bistecas. Frite até o ponto desejado. Eu prefiro ao ponto para bem passado, sem torrar. Retire e guarde. Na mesma panela, coloque uma cebola cortada em oito e deixe refogar até estarem macias. Aí é só comer. Delícia!

Essa tem selo NHAM de qualidade. HO!

sábado, 20 de junho de 2015

E viva São João!

Gordices juninas! Babe, beibe! HO!
 


Lanchinho rápido

Daí você combina ir com a ermã na festa junina do Asilo São Vicente de Paula, hoje à partir das 15h30, e deixa de almoçar pra aproveitar as delícias juninas. Não que eu adore essas coisas, claro, mas só com o intuito benemérito de ajudar o asilo (HO!). Mas a questão é: deu fome e não vou conseguir esperar uma hora e meia. O que faço? 
Isso: batatas no microondas. HO! Duas batatas médias, cortadas em rodelas, cozidas por seis minutos no microondas, com azeite, sal e cheiro verde. Depois de cozidas, coloco umas fatias de quijo prato - ou o queijo que estiver dando sopa na geladeira - e mais um minuto de micro. Pronto. Pode queimar a boca. HO!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A última do dia

E eu não podia deixar de registrar aqui o meu super cachorro quente especial, delícia digna de uma sexta-feira fria! Feito com duas salsichas, um vinagrete esperto e salada de repolho, maionese, catchup e mostarda. Aliás, quero agradecer aqui aos catarinenses que me ensinaram que repolho - cru ou cozido - fica muito bom no cachorro quente. Em minha estada lá, de três meses, há alguns anos, aprendi que quase tudo fica bom no cachorro quente. Inclusive picles. Londrinense tem mania de por frango desfiado no lanche. Não gosto. O cachorro quente tem que ser salsicha. O resto é acompanhamento. Cachorro quente com frango não é cachorro quente. Pode ser tudo, até um xis-frango, porque a salsicha não é a estrela principal.


Gordices no trabalho

As gordices me perseguem. Olha só, até na redacinha! HO! Um bolo maravilhoso - lariquento que só - da Sodie Doces: coco com abacaxi! Calorias oferecidas pelo chefe que fez aniversário recentemente. E aqui não perdoamos. Aniversariou? Tem que trazer bolo! HO!

Senta que lá vem história

Ontem eu nem tive tempo de postar. Passei o dia correndo. Até estive na Câmara de Vereadores - e uma hora escrevo sobre as gordices que rolam lá nos bastidores, HO! Mas à noite, que é a melhor hora de escrever aqui, sai para JANTAR com o boy magia, kkkkk. Aliás, jantar que vai render um Gastronomia no JL, então, aguardem. Mas estávamos conversando sobre comida - é batata, você tá numa mesa para almoçar ou jantar e o papo é invariavelmente comida (outras, claro) - e eu contei a história do bucheiro de Pirajuí..... Peraí, como assim você não conhece o bucheiro de Pirajuí? Então senta que lá vem história. Eu adoro todo tipo de comida. Menos miúdos. Bucho, rabo, língua, mocotó, essas coisas. Mal e mal suporto fígado, se for feito por outra pessoa e estiver bem fritinho, com bastante limão. Isso vem da minha infância, numa cidadezinha lá do interiorrrrrrr de São Paulo. Na época, não existia todas essas coisas de Vigilância Sanitária, inspeção, selo de garantia, origem, etc. O matadouro da cidade comprava os bois dos fazendeiros próximos e - como diz o nome - matava os bichos e entregava para os açougues da região. Bom, tinha um cara, com um carrocinha frigorífica puxada por um cavalinho, que pegava os miúdos e saia vendendo pela cidade. Acho que era exclusividade dele, porque meu pai só comprava bucho quando ele passava gritando "Bucheeeeroooo!" O cara andava pela cidade inteira, rua por rua. E eu, lá na escola, ouvia ele passar gritando e já sabia: meu pai tinha comprado. Quando eu chegava em casa, sentia o cheiro do trem. Minha mãe não suportava o troço mas fazia para agradar o seu Aido. E eu e meu irmão ficávamos desconsolados. Sabíamos que se fossemos buscar abrigo na casa das tias, atrás um prato de comida, teríamos bucho. O jeito, naquele dia, era ir para a lanchonete do meu pai e comer salgados. Tá, quem conheceu os salgados do Suco 13, na época do seu Aido, vai dizer que não seria sacrifício. Tá, mas como eu já disse, tudo que é demais enjoa. E, na época, a gente tinha enjoado de coxinha, kkkkk. Passou-se o tempo, começaram as exigências sanitárias e o bucheiro nunca mais foi visto pelas ruas de Pirajuí. Bom, pelo menos, eu nunca mais o vi, graças. Mas até hoje, tenho pesadelos gastronômicos com ele. Volta e meia, ele aparece - sem rosto - nos meus sonhos gritando "Bucheeeeroooooo". Irrrrrrrrrrrrrc! E eu acordo assustada. HO!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Um Bauru pra chamar de meu

Tem coisa mais perfeita que um Bauru e um suco de laranja? Esse, da Padaria Millane, é ótimo embora o suco estivesse aguado. :/
De modo geral, vale a pena. Total gasto: R$ 10,50.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Yakisoba da ermã

Daí no primeiro dia de existência do blog, a ermã convida para jantar. No menu, uma das especialidades dela: yakisoba! Convite aceito mais que depressa. A ermã, embora não pareça, cozinha bem pra caramba. Não tão bem como eu, claro (vou apanhar por isso e é brincadeira, HO!), mas bate um bolão na cozinha. Assim, quando ela convida, eu aceito, a menos que tenha um compromisso inadiável. Bom, o yakisoba da ermã é prático como nós duas. Nós acreditamos em facilitar a vida. Por isso, ela usou o macarrão instantâneo, próprio para o prato. E, claro, ficou delicioso.
Depois das fotos, pra vocês babarem, a receitinha dela. Yakisoba da Ilka Maria: (para quatro pessoas) (+-) 500 g de coxão mole em tirinhas não muito finas, temperado a gosto. Frite a carne numa panela grande, junte uma cebola média cortada em quatro e depois ao meio, "despetalada". (+-) um copo 250 ml de shoyo, duas vezes e meia a mesma medida de água (se quiser, pode por menos água, fica mais salgado). Deixe a carne cozinhando nesse shoyo, enquanto fatia em rodelas - não muito finas- uma cenoura grande, um tomate médio em cubinhos, meio maço de brócolis e algumas folhas de repolho (a ermã não gosta de acelga mas você pode usar se quiser) Coloque primeiro a cenoura, daí uns 5 minutos junte os outros ingredientes e deixe cozinhar por mais uns 5 minutos. À parte, cozinhe o macarrão, deixe al dente e escorra. Na hora que o molho estiver pronto, junte o macarrão, que vai ficar mais molinho. Dicas: -se quiser, engrosse o caldo com uma colher de sopa de maizena; - coloque amendoins a gosto; - salpique gergelim na hora de servir Gasto total: (+-) R$20,00 Selo NHAM! de Qualidade!

O poder do simples

Hoje, fazendo almoço em casa - coisa fácil e feito apenas com o que eu tinha na despensa: arroz, feijão, calabresa acebolada e saladinha de tomate -, fiquei pensando em pessoas que gostam de complicar a vida. E tornam cada refeição um desafio gourmet. A coisa fica tão rebuscada que o prazer de comer vira uma obrigação. Na minha modesta opinião, a opinião de quem gosta MUITO de comer, quanto mais simples - ingredientes e execução -, melhor. Risoto é uma delícia. Mas você não aguenta comer risoto por uma semana seguida. O arroz puro, branco, simples, você come todos os dias, no almoço e no jantar, e não enjoa. A feijoada é perfeita. Mas já tentou comê-la por mais de dois dias seguidos? E o feijãozinho simples? Preto, branco ou carioquinha? Vai bem, néam? Todos os dias, com o arrozinho branco para acompanhar, por cima ou por baixo, tanto faz. Então, meu blog vai ser isso: o arroz e feijão das comidas. Vou tentar passar aqui as coisas boas que descubro sobre cozinha. Aquela receita nova que aprendi. Ou aquela coringa, que volta e meia faço em casa. Elas vão estar aqui. E também as coisas que como fora de casa - seja na casa de amigos (aí eu pego a receita para vocês, HO!) ou nos botecos da vida. A coxinha apaixonante. O bolinho de carne perfeito. O lanche gordurento. O pão com mortadela. Tudo que me atrair atenção e satisfazer meu paladar que, embora simples, é exigente. Só não vou concorrer com a página de Gastronomia do JL. Vou continuar produzindo aquelas matérias especiais, que serão publicadas no site do jornal. Ai colocarei o link aqui. Mas, na maior parte do tempo, aqui vai entrar todo o restante, o arroz com feijão da gastronomia londrinense. Eu, tenho certeza, vou me divertir. Espero que vocês também. E aceito sugestões, perguntas e pedidos de receitas. Bom apetite para nós.