terça-feira, 28 de julho de 2015

A tal da galinhada

Bom, como a maioria sabe, domingo foi aniversário da minha ermã e, para comemorar, fiz um almocinho aqui em casa. Eu ia fazer charutos, mas as dores nas minhas mãos andam realmente atacadas com esses dias friozinhos resolvi poupá-las. Charuto não é difícil mas requer um certo trabalho manual ao enrolar a carne nas folhas que, quem tem dor nas mãos, é melhor evitar. Bom, a decisão recaiu então sobre a galinhada espanhola, uma receita que aprendi como minha mãe que aprendeu com uma tia e assim vai. Coisa de família.
A receita difere das outras galinhadas porque vai grão de bico. Ou garbanzo, como queira chamar. Meu pai só chamava de garbanzo. E adorava. Em casa, todo mundo gosta. O grão é versátil e vai muito bem em vários pratos - de saladas a sopas. Eu tenho sempre um pacote aqui, pra emergências. Não tem nada para fazer de almoço? Cozinhe o grão de bico, espere esfriar e tempere como salada, incluindo cebola e tomates picadinhos. Pronto, tem um prato completo. :D
Mas voltando à galinhada, grande parte dos meus amigos já provaram e, sinceramente, acho que aprovaram. HO! É uma das minhas especialidades. E nesse domingo, depois que publiquei essa foto (aqui em embaixo), muita gente veio in box me pedir a receita. Então decidi publicar aqui. Pode parecer que dá um trabalhão fazer mas não. É fácil e, o que é melhor, rápido. Mas aconselho a fazer com uma certa antecedência para deixar descansar por, no mínimo, meia hora antes de servir. É nesse "descanso" que o sabor se fixa.


Preparados? Então tó a receita.

Ingredientes (para até oito pessoas)
Um quilo de peito, coxas ou sobrecoxas de frango (sem pele) - à escolha - picados em pedaços
Oito xícaras (café) de arroz
Meio quilo de grão de bico
Folhas de louro
Tempero sírio
Azeite
Sal
Duas cebolas pequenas ou uma grande picadinha
Alho à vontade
Caldo de galinha (eu uso o caldo de galinha que é vendido em lojas de produtos naturais, tem menos sódio e nada de gordura)
Um pouco de shoyo.

Cozinhe o grão de bico até que esteja macio. Reserve com a água do cozimento. Refogue o frango com todos os temperos e do tempero sírio (no máximo, meia colher de chá) e deixe cozinhar. Quando estiver bem cozido, desmanchando, acrescente o arroz cru e o grão de bico, coloque a água do cozimento do grão do bico e, se necessário, mais um pouco de água fervida - só o suficiente para cobrir todo o arroz - e deixe cozinhar. Mexa de vez em quando para evitar que grude no fundo da panela. Quando o arroz estiver cozido, tampe e deixe descansar de meia hora a uma hora.

Selo NHAM de Qualidade!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Hoje é dia de gastronomia

Tem matéria minha na seção de gastronomia do JL. Sobre o Don Quijote, um dos meus bares preferidos em Londrina. Vale a pena ver aqui.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Uma receita-coringa

Eu tenho algumas receitas coringas guardadas na manga, para aqueles dias em que você é pega de surpresa por visitas inesperadas e não tem muito tempo para fazer uma refeição completa de última hora. É o caso da minha receita de carne com shoyo. Reservo essa para quando quero agradar sem fazer muito esforço. É fácil, rápida e não tem quem não goste (a não ser quem não come carne vermelha, mas aí é outra questã, HO!).

A história dessa carne começou lá pelo fim dos anos 1980, quando eu, casada e com um filho pequeno, fui uma vez no Baiano das Batidas, quando ainda era na Avenida Maringá, com amigos. Além das batidas e cervejas, o grupo em que eu estava pediu um aperitivo para petiscar. Veio umas tiras de carne, cozida, com fatias de cebola e tomates cozidos, além de salsinha e cebolinha. Acompanhava fatias de pão francês. O grupo gostou tanto que acabamos pedindo umas três ou quatro porções da mesma carne.

Bom, imagine um lapso de tempo e eu, um dia, com algumas belas fatias de coxão mole mas sem vontade fazer bife no almoço. Lembrei da carne do Baiano das Batidas e resolvi arriscar uma versão dela. E não é que deu certo? A receita não poderia ser mais simples: um quilo de carne - de sua preferência - em tiras, um pouco de óleo, shoyo a gosto, 2 cebolas médias e dois tomates médios cortados em gomos. Refogue a carne no óleo, jogue shoyo por cima numa quantidade que lhe agradar (mais caldo ou menos caldo) e deixe refogar. Quando a carne estiver macia, jogue as cebolas e os tomates, coloque um pouco mais de shoyo e deixe "murchar". Salpique salsinha e cebolinha por cima. Sirva com arroz branco. Ou, se preferir fazer de aperitivo, sirva com uma cumbuquinha de farinha de mandioca torrada e fatias de pão francês. Bom, heim?


Selo NHAM de Qualidade!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Canja para que te quero!

Não é novidade para (quase) ninguém que passei mal no último final de semana. Crise braba de sinusite. Bom, quem tem sinusite sabe que horror que é. O mal estar é generalizado, as dores na cara e na cabeça (inteira) são horríveis e a vontade é de ficar encolhido num canto - de preferência coberta dos pés à cabeça - e mandar todo mundo que não está se sentindo tão mal se ferrar. MAS até um sinuzento tem que comer, néam? Eu, que moro sozinha, tenho a desvantagem de que, estando doente ou não, sou eu mesmo quem tem que cozinhar. Aí pensei "fazer o quê"? Logo veio na cabeça canja. Canja é comida de doente. Eu estava doente. Logo, canja seria a comida ideal para mim.
Canja faz parte da chamada "confort food", a comida caseira que remete à infância e à épocas singelas - e mais simples - da vida. Quem nunca comeu canja quando ficou gripado ou teve crise hepática ou uma simples diarreia? Ou até voltando dos bailes/baladas da vida, um prato leve e restaurador antes de dormir?
Bom, eu gosto de canja até quando não estou doente. Principalmente a minha, que não é aquela coisa pálida e insonsa servida nos hospitais. Pra começar, eu refogo bem o frango com muito tempero (cebola, alho, óregano, salsinha, cebolinha e folhas de louro) no azeite, além de shoyo e páprica picante. Ou seja: nada muito light. Depois, com o frango já derretendo, coloco o arroz, cenoura (bem picadinha, pra quase sumir) e batata para cozinhar na pressão. Cerca de 20 minutos e pronto. É só salpicar um pouco mais de cheiro verde por cima e comer. Bom, heim?

Sim, eu exagerei um pouquinho no azeite. Mas ficou bom demais.

Selo NHAM de Qualidade!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Sabor caseiro fora de casa

Quando não tenho tempo para cozinhar - e isso está ficando cada vez mais comum, infelizmente - eu procuro lugares simples, que sirvam uma comida gostosa e barata. Hoje, com a economia do jeito que está, nada de ostentar, pessoas. Se é obrigado a comer fora de casa, o negócio é se alimentar bem, sem pagar muito.

Um dos meus locais preferidos é o Assada & Cia, no Mercado Municipal do Shangri-lá. O local é ótimo pelos pastéis e do bolinho de carne delícia que eles servem. Mas, de terça a sexta, na hora do almoço, o que vale mesmo é o Prato Feito (PF) do lugar. Gente, pensa numa comida caseira, com arroz e feijão bem feitinhos, um bife ou uma carne de panela, uma bisteca ou um estrogonofe, uma feijoada bem boas?

O menu varia de acordo com o dia mas o prato vem sempre bem servido - embora um amigo meu tenha dito esses dias que precisava de dois deles para se satisfazer (mas ele pesa 130 quilos e mede mais de 1,90 metro) - acompanhado por uma saladinha básica e um tipo de legume cozido. Hoje, almocei lá. Tinha arroz, feijão, bife acebolado, batata frita, abóbora cabotiá cozida e salada de alface com tomate. Tudo por R$11.

Aos sábados, o Assada tem um rango esperto também: geralmente uma paella ou yakisoba, ou algum prato assim. Mas esses, sinceramente, eu nunca provei. Mas, se a qualidade do PF for repetida, tá valendo. São um pouco mais caros, mas devem valer a pena porque está sempre cheio de gente.

O Assada & Cia é facinho de achar, ali no Mercadão, bem na esquina das cervejas gourmet.



Selo NHAM de Qualidade!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Rapidinho que vale por um bifinho

Tem dias que a gente se atrapalha. São tantas coisas para fazer - arrumar a casa, aproveitar o sol para lavar roupas, pagar contas, etc - que esquece algumas coisas básicas como "o quê fazer de almoço?". Bom, eu sempre tenho alguns ingredientes que não deixo faltar em casa: ovos, massa de pastel, shoyo, queijo e cebolas. O que? Tá estranhando? Nossa, dá para fazer altos rangos com essas coisas. Hoje, por exemplo, foram os ovos, o queijo e as cebolas que me salvaram. Fiz uma superomelete, que valeu por uma refeição completa.
Meu filho, há alguns anos, disse que eu poderia abrir uma "omeleteria" porque as minhas são bem criativas. Faço omelete de tudo, até de beringela ou abobrinha. Até com geleia de uva já fiz e, olha, ficou bem gostosa. Mas a de hoje foi bem basiquinha. Refoguei cebolas no azeite - até ficarem bem douradinhas - e, enquanto isso, numa vasilha, bati três ovos com um pouco de sal, orégano e pimenta do reino. Juntei dois tipos de queijo (prato e provolone) e um pouquinho de leite quente com uma colherinha de fermento em pó (o segredo de omeletes fofinhas, HO!) e despejei tudo sobre as cebolas. Ficou bom e dispensou o arroz e feijão.



Selo NHAM de qualidade!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

É nós na TV!

E a querida Helenida Tauil me convidou para cozinhar com ela na TV e falar desse humilde blog. Eu fui, néam? Controlei minha vergonha básica de aparecer na TV e fizemos meu arroz com abobrinha e carne moída, uma receita para lá de consagrada entre os amigos e familiares. Então, aproveite: veja a matéria (não estranhe, sou feia assim mesmo, HO!) e faça a receita em casa. Veja aqui!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Nhoque nhoc!

Daí você está atrasada e ainda tem que fazer o almoço antes de ir trabalhar. Você faz o quê? Eu abro um pacote de nhoque e faço essa maravilha aí da foto.
Adoro nhoque. Mas é uma massa trabalhosa. E a gente hoje, em dia, não tem muito tempo para fazer. Então o negócio é apelar pras massas prontas. E, se não pode ir numa casa de massas de sua preferência, escolha no supermercado uma legal. Essa da foto é a da Mezani, uma das poucas marcas de massa pronta que eu gosto, porque tem mesmo gosto de nhoque de batata.
Agora, o segredo é: cozinhe o nhoque, capelete ou ravioli - o que for de massa pronta da sua escolha - direto no molho. Sim, eu sei que mandam cozinhar na água e jogar molho depois. Mas fica muuuuuito mais gostoso. 
Faça o molho da sua preferência mais líquido - mas não muito também - e jogue o nhoque cru lá. Depois é só servir com uma generosa porção de queijo ralado. Huuuum. Delícia.


domingo, 5 de julho de 2015

Uma quirerinha para aquecer o coração

Eu e a ermã viemos de uma família de boas cozinheiras, com exemplos próximos com a mãe e avó. Então, não tínhamos como não aprender a cozinhar. Isso é quase genético, beibe. E tem algumas receitas que a ermã faz que eu me abstenho de fazer e vice-versa. Pra que, neám? Basta uma fazendo bem que tá de bom tamanho. Uma sempre sabe que a outra vai guardar pelo menos um pratinho para ela. Então, tá bom.
É o caso da quirerinha com costelinha defumada. A ermã é especialista. A quirerinha dela fica uma delícia mesmo. E atendendo a um pedido de uma amiga em comum, ela faz uma panelada no último sábado. Olha, 15 pessoas comeram de se lambuzar.

Esse foi só o primeiro prato! HO!

A quirerinha, para quem não sabe, é o milho quebradinho, na primeira triturada antes de virar fubá. Muito usada na alimentação de aves - no sítio da minha tia, por exemplo, era usado para alimentar as galinhas. Aliás, a quirera, que também é chamada de canjiquinha ou xerém, é comida de sítio, caipira, com sustância. A primeira vista, o urbanóide pode torcer o nariz. Mas basta experimentar que, olha, é conquistado. Para uma noite fria, não tem prato melhor.

Infelizmente a ermã - chata - não quis passar a receita dela. Massssssssssssss eu tenho uma receita de quirerinha na manga, kkkkk. E é muito boa também. Assim, anote:

2 xícaras bem cheias de quirera de milho
2 colheres de óleo
2 cebola médias picada
10 dentes de alho picados
1 tomate picado
1 xícara de salsa picada
1 xícara de cebolinha picada
Sal e pimenta a gosto
500 g de costela defumada
300 g de lingüiça tipo calabresa defumada

Deixe a quirera de molho em 4 xícaras de água e reserve. Dê uma ferventada na costelinha e jogue fora a água. Junte o óleo, cebola, alho, sal, pimenta e refogue. Junte o tomate, metade da salsa e da cebolinha.
Coloque 2 litros de água em uma panela de pressão, junte o refogado e ferva com a panela tampada por 15 minutos
Abra a panela e junte a quirera, cozinhe em fogo brando até a quirera ficar macia. Jogue por cima o restante da salsinha e cebolinha.
Sirva com salada de serralha ou, na falta, de almeirão cortado grosseiramente.

Selo NHAM de qualidade!


**** O amigo chamou a atenção para o tempo de cozimento das carnes. Realmente tava errado. 15 minutos na pressão são suficientes, porque depois ainda vai ser mais cozida em fogo brando.

Quente como um chocolate!

Gente, primeiro de tudo, quero pedir desculpas. A ideia do blog é postar pelo menos uma vez por dia. Mas, eu tenho artrose nas mãos e, nesse tempo de frio, elas doem para caramba. Assim, vou postando quando dá, ok? Bom, e já que estamos falando em frio e minha postagem mais recente era sobre brigadeiro, vou ensinar a fazer um chocolate quente para esse domingo gelado. Topas?
Então, vamos lá. Sabe a panela de brigadeiro? Aquela que ficou sujinha com o doce e a gente fica tentando raspar cada migalhinha com dó de perder na hora de lavar? O negócio é aproveitá-la para fazer chocolate quente.
Na panela, junte uma xícara de leite e - se ainda tiver - uma meia colher de brigadeiro. Leve ao fogo e, mexendo sempre, espere ferver. Pronto. Fica uma delícia.

Huuuuuummmmmmmm!

Ah, que pena, não sobrou brigadeiro para fazer chocolate quente? Não se preocupe, seus problemas acabaram! Vou passar uma receitinha bem fácil e que também fica uma delícia.
É assim: junte duas xícaras (chá) de leite, três colheres de chocolate em pó (se não tiver, use Toddy que é menos doce), duas colheres de açúcar, meia caixinha de creme de leite, um pau de canela. Misture tudo numa panela - menos o creme de leite - e leve ao fogo brando mexendo sempre até ferver. Desligue, retire a canela e acrescente o creme de leite. Misture bem. E divirta-se.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Morango e chocolate, huuuuuummmmm!

Estamos na época do morango. E os produtores de Londrina estão participando de uma feira muito legal, na Praça da Bandeira, no Calçadão. É venda direta, da fazenda para mesa. Ou seja: os preços estão ótimos. E, hoje, por coincidência, tive que fazer uma matéria no centro da cidade. Passei pela praça e salivei. Fiz o que tinha que fazer e, na volta, parei. Comprei uma caixa bem sortida, com uns morangos docinhos e grandões, por R$10. Comi vários puros, sem açúcar nem nada.
Mas sonhava com a hora que chegaria em casa para fazer um brigadeiro mole e jogar por cima. Povo, ficou uma maravilha. Brigadeiro acho que todo mundo sabe fazer, neám? Nem preciso passar a receita.
Se você ainda não foi lá comprar suas frutas, corra. Olhe as fotos e babe, beibe.

Se assim já é uma delícia.....



Imagine assim!